21 de dezembro de 2010

in vitro

Turva como o vento inacabado, viu-se em desalento.
Era uma solidão de dar dó. Só.
As paredes frias seguravam e asseguravam o seu corpo desmoronado.
E certa tristeza infantil rondava-a.
Feita de silêncio (demasiado) pertubador, chacoalhava o pranto ensurdecedor.
Noite de imperadores. Fazia plantão a morte do medo de ficar.
Olhos fechados.
Começou a debater-se.
Era redoma acrílica.
Gritou! Susurrou.
Cores de todas as tonalidades penetravam os poros da pele, lutavam para atravessar a sua rotina, retida na retina.
Precisava sufocar a dor de fora, pincelada sem seu consetimento em dias reclusos adentro. 

Explodiu-se.

Decantou-se. Uma outra de si.

E não mais acordou para aquele prisma amalgamado, senhor de seus sonhos intranquilos.