23 de junho de 2010

depois

"Olha, meu bem, o céu
Vê quanta luz, quanta estrela
Quase todas mortas
Só não é chegado para nós o tempo que se apagarão
A gente tá na lanterna, do tempo que virá..."
(Tempo/ Espaço - Lulu Santos)

As horas. Os dias. As vírgulas. Os dois pontos. O tempo. As palavras.
A Literatura.
O silêncio.
A poesia.
O Amor. A solidão.
A pausa.

Foi uma pausa até aqui. Por mais de dois meses, não mais escrevi porque precisava do intervalo da conversão. Anotei no bloco de notas dos meus distantes pensamentos as descobertas que me silenciavam. Por muito, emudeci. Fiquei quieta e pintada por cores tão pacíficas quanto o meu desejo de só sentir. E imprimir em gestos de personagens e cenários os meus significados inventados, numa lógica gratuita do mistério paralelo da nossa verdade insensata.

Foi pausa.
Foi só.
Amorosamente. Sem limites, percebi uma das linhas tênues entre o ficar e o nunca mais...