5 de fevereiro de 2011

dois de fevereiro

Era dia de Iemanjá.
As previsões do tempo não confirmaram ausência de chuva, mas nem por isso os convidados deixaram de apostar no luau da Futuráfrica em homenagem à rainha do mar.
E lá fomos nós.
Os pisantes eram chinelos de dedos. Os trajes, brancos, ou leves, ou pouca roupa ou como bem quisessem, porque a celebração foi à beira-mar.
A música rolava num set list vibrante.
Pés na areia, dedos mergulhados em chão fugaz. A luz do dia decrescia e mais pessoas se aproximavam com suas flores e outros mimos, presentes para festejar.
Mulheres quase havaianas aportaram primeiro, e moços trazidos por caiaques, depois.
A noite iniciava sinais de chuva. Água no mar. Chuva do céu.
Os dj's continuavam a chamar a alegria entre todos, um sentimento coletivo anunciava-se. A liberdade diante do mistério das águas que nos rodeavam.
Mar.
Chuva.
Mais arranjos de flores foram oferecidos. Colares coloridos, distribuídos. Nenhum sinal de perigo. Conversas trôpegas. Corpos molhados em passos espaçados, pela areia, dentro do mar.
Não precisávamos falar muito. Bastava sentir, bastava acreditar.
E Iemanjá foi reverenciada por risos, amigos e pela vontade de deixar a vida com a força de amar o mar.

2 comentários:

  1. Consegui sentir e me ver lá com você!

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  2. Por conta do tempo chuvoso, achei que você não tivesse ido...mas, não me espantei com sua ida, nem com o belo resultado de suas reflexões.
    adorei,
    da fã e amiga
    amanda

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uma palavra, bamba?