5 de novembro de 2012

dos tempos revirados

[uma foto e aquele dia de artifícios em sonhos coletivos]

foi num ano novo que passou. a juventude ainda batia na nossa porta, entrava pelas frestas, ria para o gato e se estatelava solta, talvez, um pouco lívida e grávida de esperanças. 
a festa ficou presa naquele 31 de dezembro, só que resiste o gosto pela novidade do que ainda queremos viver, mesmo  menos jovens ou mais enrugados pelas inconstâncias do tempo.  
havia naquela virada uma promessa de mudança, e segui itinerante, meio torta, pouco fugaz. 
e você? 
seguiu seu instinto ou vingou-se em pouca ambição? 

(escrevo para nenhum destinatário, espero que leia)




2 de novembro de 2012

dos tempos intranquilos

fazer as malas pela quarta vez, empacotar a casa, embrulhar uma cozinha completa, - cuidado, os copos quebram! - e caixas de livros, discos, entulhos ou bilhetes avulsos perdidos, cadernos do começo até aqui, moradias de uma vida distante, são tantas adaptações, dessa viagem interminável, ah, itinerâncias de 2012.