21 de julho de 2010

dedicatória

Minha querida,

Este livro é exatamente como a percebo. Nem mais, nem menos. Porque acho que se você fosse cores, seria cores de Frida Kahlo.

Você foi uma das pessoas mais importantes que passou na minha vida no último ano. Para repetir uma frase usada por você, de alguma forma seríamos amigas, pois, nossos amigos em comum permitiriam isto. Da Maricota até a Mari, de algum jeito, cruzaríamos o caminho uma da outra.

Assim, guardo os encontros mais sublimes aos mais profundos da nossa rápida mas, bela amizade. Recordo as nossas dancinhas para cantar "Mesmo que mude" do "Bidê ou balde", em passos alegres e graciosos, juntos à gargalhadas para lá de felizes. E lembro também de momentos mais irrequietos, numa fase mais deprê sua, quando eu lia trechos de Clarice Lispector, regado por café e silenciosa dor (na varanda da casa da sua mãe), enquanto procurávamos entender de onde vem o sofrimento - o meu, o seu e o do mundo.

Até que chegou o dia da sua partida, em tom de cinza melancólico.

Então, já sinto muito a sua falta.

Até breve.

No aguardo por outras cores!

Sua amiga caiçara,
Day

P.S.: Esta mensagem era para ter sido escrita no livro "Diego e Frida" de J. M. G. Le Clézio, como dedicatória para uma pessoa muito especial para mim. Porém, entreguei o livro e as palavras ficaram num rascunho. Agora, deixo aqui para não esquecer o carinho e a dedicação que, em pouco mais de um ano, tivemos uma pela outra.

Um comentário:

  1. Uau!!! Muito obrigada pelas palavras de afeto e carinho! Algumas lagrimas sinceras escorreram pelo meu rosto so de pensar que nao teremos esses momentos por algum tempo... Sem duvidas eh isso que me fara mais falta por aqui! POr enquanto, estou preferindo nao pensar muito nisso! Frida e Diego tem sido uma otima companhia!
    Beijos!!!

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uma palavra, bamba?