10 de janeiro de 2012

nota sobre o tempo dos encontros

Nunca mais. Nunca mais é tanto tempo. E com o tempo não há vacilos. Não há senões. Não existe meia-volta vou ver de novo ontem. Porque as horas se dilaceram de forma contínua, sempre para um momento derradeiro. Nesses últimos dias, tenho reparado no desgaste do tempo. E lembrei de algumas pessoas que já não fazem parte do meu cotidiano. Notei que algumas pessoas realmente têm um prazo de existência em nosso convívio, nos escapam quando dobram uma esquina, num dia qualquer. Não sei bem o que devemos fazer com isso, quando se sabe disso, quando nos deparamos com essa constatação. Vez ou outra, reencontro um ex-namorado meu. É incrível, mas nunca deixamos de nos trombar em alguma rua de Santos. E há uma felicidade em revê-lo, por alguns minutos, revisito uma lembrança boa. Porém, outras pessoas viraram numa esquina por onde nunca mais passei, tenho essa impressão. Às vezes é como se elas tivessem entrado para uma outra dimensão e passássemos a não fazer parte mais do mesmo trajeto, mesmo que a gente more na mesma cidade ou bairro. Daí, concluo: deve haver a manipulação dos encontros, desencontros - só pode! Existimos para alguns pela vida inteira ou por alguns anos ou só por semanas. Então, não adianta, as horas sempre vão levar alguém de nós, saber fazer uma boa despedida, se possível, aí, sim, é fundamental.

Um comentário:

  1. Ah, às vezes fico tão triste com isso! Gostaria que as pessoas legais ficassem pra sempre...
    Mas às vezes olho pro passado e constato... algumas pessoas não eram pra ficar mesmo. Elas só serviram de ponte pra algo muito maior do que a presença delas em minha vida.
    Bjo!

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