10 de outubro de 2011

professor Carlos

Como pode alguém nos modificar tanto, em tão poucas horas, só pelo coração?

Eu já pressentia a mudança. 
E você chegou até mim e me abençoou com palavras de verdade.
Eu que sempre busquei, a verdade das palavras, a verdade do olhar, a verdade do caminho.
Um dia me pediram para deixar de ideias fixas, sobre as verdades.
Fiquei quatro anos na graduação de Filosofia, e nunca consegui entendê-las.
É bem verdade que comecei a desistir.
O tapete da traição me foi tirado.
Fiquei lá, estática, com olhos melancólicos e quase sem pulso.
E tive que aprender a fazer as malas, mudar o rumo.
Mesmo com algumas verdades no bolso.
Os homens são perversos.
As cidades são desertas.
E a vida não acaba porque você perdeu seu chão.
As crianças continuam crescendo.
Os pais não desistem de cuidar de seus filhos.
Porque o mundo ganha sentidos em novos encontros, mesmo que a gente não perceba de verdade.
E todo sonho perdido volta de fantasia nova.
Transforma chão áspero em verdade flutuante.
Depois daquele 8 de outubro, tomei minhas verdades de novo para mim.
Não a verdade do Aristóteles, Nietzsche ou de algum trapaceiro de plantão, mas a verdade da crença do suor nas mãos, cheio de construção atual.
Verdade mesmo é poder olhar nos olhos e piscar no segundo seguinte para guardar o amor.
Tem verdade na gratidão!
Obrigada.





Um comentário:

uma palavra, bamba?